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A greve nacional foi desmarcada, mas não é hora de recuar, greve geral pela retirada definitiva da r


Carta de Tribuna dos Trabalhadores- nov.2017


A greve nacional foi desmarcada, mas não é hora de recuar, greve geral pela retirada definitiva da reforma da previdência, Fora Temer, diretas já, Constituinte Soberana!


Os trabalhadores, os ativistas políticos, os jovens, foram surpreendidos hoje com a desmarcação da GREVE NACIONAL programada pelas Centrais Sindicais para o próximo dia 5 de novembro contra a reforma da previdência apresentada pelo governo golpista de Michel Temer e que, na prática, acaba com o direito à aposentadoria pública.

Em uma nota conjunta a CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB, decidiram suspender a greve nacional do dia 5. Trechos da Nota explicam:

“O governo não tem votos suficientes para aprovar a “Reforma da Previdência” e decidiu retirar a proposta da pauta da Câmara dos Deputados, que tinha previsto a votação no próximo dia 6 (...) Como não haverá votação na semana que vem, as centrais sindicais, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB, decidiram suspender a greve nacional convocada para o próximo dia 5”.

Sobre a data da votação da reforma o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), confirma a falta de votos do governo:

"Se não tiver voto, não vamos marcar a data. Falta muito, mas ainda não fiz a conta, então não vou falar um número. A base não está articulada como deveria".

A folha de São Paulo, porém, informa que o governo já trabalha com a data do dia 13 de dezembro para votar. Já o jornal O Globo declara que Temer e seus aliados jogarão “todas as fichas em um jantar que ocorrerá no próximo domingo na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com líderes da base, presidentes dos partidos e ministros da equipe econômica para conseguir o apoio necessário no Congresso Nacional”.

O fato é que o governo Temer, junto com Rodrigo Maia, por exigência do mercado financeiro, continua trabalhando pela aprovação da reforma previdenciária em 2017 ou mesmo em 2018.

Na mais recente entrevista ao site da CUT, Wagner Freitas, presidente da Central Única, diz claramente:

“Temer foi colocado lá para fazer um serviço, que é acabar com a democracia, com os direitos dos trabalhadores, com a Previdência, e com a soberania nacional”.

É a mais pura verdade: a continuidade do governo Temer é incompatível com a existência da previdência pública e de outros tantos direitos fundamentais dos trabalhadores, dos jovens e da maioria nação brasileira.

Concordamos com o editorial do Boletim “Na Escola” nº 11, de responsabilidade da direção do Núcleo Curitiba Norte da APP-Sindicato:

“Devemos aproveitar o estado cambaleante do governo Temer e intensificar sua empurrada ao precipício! O governo pode reapresentar a proposta [de reforma da previdência] a qualquer momento! É necessário ir além das 24 horas de paralisação/greve nacional a cada dois ou seis meses! A continuidade da luta contra a reforma da previdência, a anulação da reforma trabalhista, da reforma do ensino médio e do "leilão" do pré-sal, contra as privatizações e por democracia (Fora Temer, diretas já) não pode parar!”.

Não é hora de recuar. É bom lembrar que foi por ausência de fortes mobilizações após a grande greve de 28 de abril que o governo Temer aprovou a reforma trabalhista. É hora de reconquistar e ampliar os direitos, conquistar a democracia através das diretas já e uma Constituinte Soberana que permita novas instituições políticas e avançar em demandas sociais e nacionais indispensáveis.

Preocupa que a nota das 5 Centrais Sindicais cancelando a greve do dia 5 traga a seguinte afirmação:

“Intensificaremos também a luta por mudanças na Medida Provisória (MP) da Reforma Trabalhista, que está em análise no Congresso Nacional”.

Ora, mas a CUT não está em campanha pela coleta de 1,5 milhão de assinaturas para apresentar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Anulação da Reforma Trabalhista?

Se uma brecha se abriu no Congresso com a apresentação da MP de Temer é preciso aproveitar para apresentar emenda (ou emendas) pela revogação da reforma na sua totalidade e não envolver o movimento sindical em “melhorar” itens da MP que preservam a reforma trabalhista.

É urgente que as Centrais Sindicais se reúnam e convoquem a Greve Geral para exigir a retirada definitiva da reforma da previdência, único meio dos trabalhadores não ficarem sujeitos às conhecidas manobras de datas e horários e o “toma lá, dá cá” deste Congresso de picaretas e deste governo que não hesita em comprar votos para beneficiar o mercado.

Organização Comunista Internacionalista (OCI) – seção brasileira do CORQI


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