top of page

Brexit: um voto de classe

Brexit: um voto de classe


UMA VITÓRIA PARA TODA A CLASSE OPERÁRIA TRABALHADORES BRITÂNICOS VOTAM PELA RUPTURA COM A UNIÃO EUROPEIA



A larga vitória do voto “SAIR”, em 23 de junho, deixou claro: o Reino Unido sairá da União Europeia. Esse resultado é uma vitória para a classe operária britânica. Mais ainda, é uma vitória para os trabalhadores e os povos de toda a Europa. Ao anunciar o resultado, uma deputada (integrante do Labour Party [Partido Trabalhista]) que tinha feito campanha pelo BREXIT (pela saída) declarou à BBC:


“Aqueles que votaram SAIR, estão particularmente concentrados nas municipalidades atingidas pela austeridade. 40% dos eleitores e dos simpatizantes do Labour Party se pronunciaram pelo voto ‘SAIR’. Meu desacordo com Jeremy Corbyn (dirigente do Labour e partidário da manutenção dentro da União Europeia – ndr), é que Corbin pensa que a União Europeia dever ser reformada. Mas, ela é irreformável, eis porque tivemos que votar SAIR”.


Qualquer que seja a maquiagem com que os comentaristas experts busquem cercar-se, o fato é claro: esse voto é um voto de classe.


É uma vitória dos trabalhadores britânicos. É uma derrota para os capitalistas e os especuladores da City de Londres. É uma derrota para o Primeiro Ministro Cameron forçado a renunciar.


É uma derrota para a União Europeia e o Banco Central Europeu e toda sua política: quer se trate de seus planos destruidores contra os trabalhadores e a democracia ou quer se trate de sua vergonhosa política que, através de acordo com a Turquia, visa reenviar para casa centenas de milhares de imigrantes que fogem das guerras provocadas pelas grandes potências imperialistas.


É uma derrota para o Fundo Monetário Internacional, para Obama e todos os Chefes de Estado das grandes potências capitalistas que buscam ditar a manutenção na União Europeia.


É uma derrota para os dirigentes do Labour Party que fizeram campanha pela permanência na União Europeia contra a vontade dos próprios eleitores e a posição tomada por inúmeras organizações sindicais e seções do próprio Labour Party.


É uma derrota para todos os que, desde as cúpulas das organizações que se reclamam da classe operária, fizeram, por toda a Europa, campanha pela manutenção da Grã-Bretanha na União Europeia, a começar pelos dirigentes da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES) e todos os que, seguindo-os, juntaram sua voz ao concerto dos partidários da União Europeia.


É, na França, uma derrota para todos os partidos, de direita como de esquerda – e inclusive o Partido Socialista e o Partido Comunista francês – que se pronunciaram pela manutenção na União Europeia.


E agora? Uma brecha foi aberta.


E que não nos venham com o recorrente discurso sobre a necessidade de renovar, reformar, mudar, refundar a União Europeia. Que não nosvenham falar de uma Europa mais social e mais democrática. Não, uma brecha foi aberta. E através desta brecha podem afunilar para dizer: “FORA A UNIÃO EUROPEIA!” Hoje, esta palavra de ordem vem à ordem do dia na França, na Alemanha, na Grécia, em Portugal, na Espanha, em cada um de nossos países.


Na França “Fora a União Europeia” se liga à exigência de “Fora o governo Hollande-Valls! Fora a reforma El Khomri!”. Porque os trabalhadores sabem: a reforma El Khomri decorre da aplicação dos tratados europeus. É o que está na ordem do dia, na França, como em todos os países, é a revogação dos tratados europeus, a ruptura com o Banco Central Europeu e sua moeda única, a anulação de todas as medidas de privatização, de desregula-mentação, os pactos de austeridade e de responsabilidade.


O Partido Operário Independente Democrático se orgulha de ter, por seis meses, aportado sua sustentação às organizações operárias e aos militantes da Grã-Bretanha que fizeram campanha pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia vinculando isso ao combate pela saída dos trabalhadores e dos povos de toda Europa.


Ele se felicita por ter sido parte envolvida no ato público em Paris em 26 de setembro de 2015 e sobretudo em 28 de maio de 2016, quando na companhia de companheiros vindos da Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Grécia, Bélgica (em greve geral desde 24 de junho), participaram desta manifestação sustentada pelos trabalhadores e militantes vindos de vinte e cinco países da Europa.


Saudando a vitória dos trabalhadores do outro lado do Canal da Mancha, o Partido Operário Independente Democrático (POID) aporta seu apoio ao apelo lançado na França por 1.000 trabalhadores e militantes de todas as tendências por uma Conferência Nacional de Trabalhadores e Jovens “Pela ruptura com a União Europeia e a V República”.


O POID convida seus militantes e simpatizantes a intensificar a campanha de sustentação deste apelo, pois, mais que nunca a questão central é a da ruptura.


A vitótia do Brexit é a vitória dos trabalhadores e dos povos de toda a Europa, pelos direitos, pela democracia.


A vitória do Brexit abre a via ao estabelecimento de relações fraternais entre os trabalhadores e os povos de toda a Europa.


FORA A UNIÃO EUROPEIA E A V REPÚBLICA!


SIM, À DEMOCRACIA! SIM, À CLASSE TRABALHADORA COMBATENDO POR SEUS DIREITOS!


SIM, AOS DIREITOS OPERÁRIOS, SIM, À UNIÃO LIVRE DOS POVOS E DAS NAÇÕES DE TODA EUROPA!


Comunicado do Partido Operário Indepen-dente Democrárico (POID) - Paris, 24 de junho de 2016 poidemocratique@orange.fr www.latribunedestravailleurs.fr







bottom of page